sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Serra critica institutos de pesquisa

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, reforçou nesta sexta-feira, em Porto Alegre, o discurso crítico em relação às pesquisas de intenção de voto que confirmaram nos últimos dias a dianteira da petista Dilma Rousseff na corrida presidencial. A declaração acontece no mesmo dia em que foi divulgado um levantamento pelo Instituto Datafolha, que aponta vantagem de 10 pontos de Dilma na contagem do total de intenções de voto. A nova pesquisa confirma a mesma tendência evidenciada esta semana pelo Vox Populi e pelo Ibope, que deram à petista uma vantagem de 12 pontos e 11 pontos, respectivamente.

“É uma crise nas pesquisas”, declarou Serra. O tucano citou eleições anteriores em que o resultado final foi diferente do cenário apontado pelos institutos de pesquisa. Exemplo disso, segundo ele, foi a diferença entre pesquisas e o resultados das urnas no Rio Grande do Sul em 2006, quando a vitória de Yeda Crusius surpreendeu os analistas.
“A pesquisa Datafolha errou fragorosamente no Rio Grande do Sul”, afirmou. “Não estou dizendo que tenham feito deliberadamente. O Instituto Datafolha é um instituto sério. Mas o erro que teve em 2006 foi fragoroso”, disse.
Segundo o candidato tucano, todos os institutos de pesquisa erraram “incrivelmente” no primeiro turno das eleições. Ele ressaltou, no entanto, que, apesar da semelhança entre os resultados, há institutos que são sérios e outros que são “mais alugados para partidos, para governos etc, como o Vox Populi”, afirmou. “Está todo mundo meio perdido nessa matéria”, concluiu.
O presidente do instituto, Marcos Coimbra, "lamentou", em entrevista ao iG nesta quinta-feira, declarações do tucano. "É decepcionante ouvir pessoas respeitáveis dizendo o mesmo que outras pessoas que não são respeitáveis.", afirmou.
Nesta sexta, o presidente nacional do PSDB, também voltou a criticar os levantamentos de intenção de voto. "As pesquisas que estão no mercado são coincidentes. Estão todas erradas", afirmou Guerra. O tucano, entretanto, evitou críticas diretas ao instituto Datafolha, a exemplo do que fez com outros institutos. "O Datafolha é uma instituição que nós estimamos, que trabalha com isenção e que não trabalha para partidos."

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