Antes de embarcar para Brasília
no início da manhã desta quinta-feira (15), Ciro
Gomes fez uma
breve análise da atual situação política brasileira em entrevista ao jornalista
José Maria Melo. Indagado sobre a possibilidade de afastamento de Dilma, o
atual presidente da Transnordestina defendeu a Chefe de Estado.
"Impeachment
não é remédio para
governo que a gente não gosta. É uma coisa muito rara, muito difícil,
traumática, que acontece quando há um crime de responsabilidade que você
atribui ao presidente da República como responsável por ele. Definitivamente,
não é o caso. Todo mundo, mesmo que não goste, sabe que Dilma é uma pessoa
honrada. Contra ela, não há nenhuma acusação", declarou.
Em
relação às pedaladas fiscais, que
pesam contra a presidente, Ciro comentou que a manobra não é a ideal, mesmo se
utilizado para o pagamento de benefícios à população como o Bolsa Família e Crédito
Rural, mas acredita que também não é determinante para um
pedido de impeachment.
"É
uma coisa que todos os govenos fizeram (...) É correto? Não, o Governo tem que
achar um jeito de fazer as coisas na hora e no tempo corretos. Mas isso também
não é razão (...) para você querer fazer um golpe de estado no Brasil".
Crítica a Cunha
Sobre a
dificuldade de governabilidade da presidente, o recém-afiliado do PDT voltou a
criticar Eduardo
Cunha, chamando-o de "calhorda" e "maior
bandido de todos", e afirma que a "chantagem"
se tornou a "política dominante do País".
"Evidentemente,
a oposição brasileira perdeu completamente a noção, chefiada por esse calhorda,
que é o maior bandido de todos, o presidente da Câmara. Hoje a chantagem
se tornou a política dominante do país", disparou Ciro, que ainda não
confirma candidatura à Presidência
da República nas Eleições de 2016.
"Só
se eu entender que é um dever da minha consciência, mas se eu puder eu quero
nesse momento cuidar da minha vida. (...) Sempre sonhei com isso, fui candidato
duas vezes e não tenho o costume de andar mentindo. Mas, hoje em dia, pra você
ser candidato e se manter na vida pública no Brasil, você tem que conviver com
coisa de muito baixo
nível", disse. Fonte: (Diário do Nordeste)
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