quinta-feira, 27 de agosto de 2015

MP denuncia sete pessoas pelo assassinato do Radialista Gleydson Carvalho

Diário do Nordeste
O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) denunciou sete pessoas pelo assassinato do radialista Gleydson Carvalho. Entre os denunciados estão os homens apontados como autores materiais do crime e os mandantes. De acordo com o MP, a execução ocorrida no dia 6 deste mês dentro do estúdio da Rádio Liberdade FM, em Camocim, teria sido ordenada por João Batista Pereira da Silva, que é tio do atual prefeito de Martinópole.
A motivação: o comunicador "falava demais" e durante intervenções no programa de rádio 'Revista Regional', ele "tecia severas críticas ao que reputava como desmandos, irregularidades e desvios no âmbito da gestão do referido município".
O promotor Evânio Pereira de Matos Filho relata ainda a participação de um sobrinho de João Batista, identificado como Daniel Lennon Almada Silva, que é tesoureiro da Prefeitura de Martinópole. Conforme as investigações da Polícia e do MP, outras duas pessoas também estavam "marcadas" para morrer. "Pessoas que representassem séria ameaça à permanência de um grupo familiar no Poder do Município de Martinópole", afirma o promotor Evânio Pereira.
O valor acordado entre os mandantes e os pistoleiros, que vieram do Estado do Pará, foi de R$ 9 mil, mas a Polícia e o MP ainda não sabem se a quantia era referente às três pessoas que deveriam ser mortas ou apenas à execução do radialista.
O promotor afirma na denúncia, enviada à Justiça no último dia 24, que João Batista teria contratado os pistoleiros Israel Marques Carneiro e Thiago Lemos da Silva e os abrigado em um sítio alugado por intermédio dele, na localidade de Serrota, zona rural de Camocim.
Além de João Batista e Daniel Lennon e dos pistoleiros Israel Marques e Thiago Lemos, as mulheres Gisele de Sousa Nascimento, Regina Lopes Rocha e Francisco Antônio Carneiro Portela, também foram denunciados. Estão presos Gisele de Sousa, Francisco Antônio, Regina Lopes e Daniel Lennon Almada.

Os envolvidos foram denunciados por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, mediante pagamento e com utilização de recursos que impossibilitaram a defesa da vítima) e organização criminosa. A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Martinópole, mas os funcionários que atenderam as ligações disseram que não havia ninguém para comentar.

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