Deputados estaduais, da base e da oposição, receberam com surpresa a notícia de que Ivo Gomes havia deixado a Secretaria das Cidades ontem. “Isso é sério? Preciso confirmar antes de falar sobre o assunto”, repetiam nos corredores da Assembleia, ainda desconfiados da informação.
“É cedo para falar. Pode ser algo reversível”, dizia Elmano de Freitas (PT).
Apesar da relutância de uns e do silêncio de outros, era verdade. Ivo saiu, alegando que tinha se frustrado nas diversas tentativas de conseguir os recursos para efetuar o pagamento atrasado dos vigilantes da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor).
Até maio, ele dizia que estava “morto de feliz” na pasta e que “ficaria até quando o governador quisesse”. Sempre que questionado sobre um possível afastamento da gestão Camilo Santana (PT), ele negava de imediato.
“Nem sabia dessa possibilidade de o Ivo sair. Eu só soube pela imprensa, não conversei com ele. Logo não me sinto à vontade para comentar”, ponderou o secretário de Relações Institucionais, Nelson Martins.
Em nota, o irmão caçula dos ex-governadores Cid e Ciro Gomes, informou que entregava o cargo em uma última tentativa de garantir o salário dos terceirizados do Metrofor, sob sua responsabilidade desde abril. Pelo menos, essa foi a razão oficial do pedido de exoneração.
No entanto, o deputado José Sarto (Pros), amigo e aliado político do ex-secretário, disse que as motivações seriam mais de ordem pessoal. “Talvez ele estivesse cansado. É estressante”, especulou.
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