Atrasos de quatro meses nos repasses do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) para os projetos realizados pelos municípios no amparo aos beneficiários do Bolsa Família, do Governo Federal, estão começando a comprometer esse programa nacional no Interior do Ceará.
Os municípios de pequeno porte não têm mais como manter as atividades sociais de auxílio às famílias e reclamam por urgência no repasse de verbas para manutenção dos projetos auxiliares.
Não bastasse isso, o atraso está começando a comprometer a atualização cadastral dos beneficiários e até a checagem da frequência de crianças nas escolas e postos de saúde. Havendo mais demora, muitas famílias poderão deixar de receber o repasse financeiro, comentaram alguns gestores municipais, mas pediram para não terem seus nomes revelados com receio de retaliações. Conforme dados do MDS, mais de um milhão de famílias recebem o auxílio financeiro social no Ceará.
O presidente da Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece), Expedito José do Nascimento, avalia a situação como crítica. Apesar de as famílias estarem recebendo o auxílio financeiro regularmente, as oficinas, cursos e eventos como o "Forró do Idoso", considerados fundamentais na complementação do programa social, instituído em 2004, estão sendo prejudicados. "Um município com 16 mil habitantes recebe em média R$ 6 mil por mês. Pode parecer pouco, mas, para quem já conta com poucos recursos, o auxílio é fundamental", explicou o dirigente.
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