Um homem de 43 anos morreu nesta sexta-feira (2) depois de ser atingido por um fio de alta tensão que teria se rompido durante um incêndio no mercantil do qual era proprietário, no bairro Jardim Felicidade, Zona Norte de Macapá. De acordo com testemunhas, o homem recebeu a descarga elétrica por volta de 5h, quando tentava salvar parte das mercadorias do estabelecimento. Identificado como Miguel Américo, ele ainda foi levado para o hospital, mas não resistiu.
O filho da vítima disse que o pai saiu às pressas da casa onde morava, quando soube do incêndio. No estabelecimento, ele teria se desequilibrado e encostado nos fios de alta tensão. “Eu vim para cá após saber da notícia junto com meu pai, e aqui, sem querer, ele escorregou nos fios de alta tensão. Ele ficou grudado [nos cabos] com o choque e não conseguiu ficar vivo”, lembrou o filho, que também se chama Miguel Américo.
Com celulares, os moradores registraram as chamas e os primeiros trabalhos de contenção do fogo, feitos pelo Corpo de Bombeiros. Segundo uma das vizinhas do mercantil, Tatiana Nery, uma manutenção seria feita nesta sexta-feira (2) no poste de onde os cabos que causaram a morte do comerciante teriam se rompido. O incêndio atingiu somente o imóvel.
Filho da vítima conta que o pai escorregou e foi atingido por fio (Foto: Reprodução/TV Amapá) |
“Está com três dias que eles distribuíram um papel que iriam trocar o cabo de alta tensão hoje [sexta-feira]. Só que foi tarde demais”, lamentou a moradora, em entrevista para a TV Amapá. Ela disse que a manutenção seria em decorrência do desgaste dos fios, responsáveis por constantes quedas de energia nas ruas do bairro.
A versão da vizinha não foi confirmada pelo Corpo de Bombeiros, que vai esperar pelo resultado da perícia, com previsão de conclusão de no mínimo 30 dias. Segundo o aspirante Antônio Chucre, que comandou a equipe na ocorrência, as chamas teriam iniciado dentro do próprio estabelecimento e, por estarem muito altas, teriam atingido e rompido os cabos de alta tensão do poste próximo ao local.
“Após o início [do fogo], quando o teto desabou, as labaredas aumentaram muito, e, com isso, o fio se rompeu e caiu. Não podemos chegar, antecipadamente, a alguma conclusão sobre o óbito. O isolamento do local foi realizado, mas o problema é que as pessoas ultrapassam o isolamento com o intuito de ajudar e acabam se expondo aos riscos”, disse Chucre.
A estrutura interna do mercantil foi parcialmente destruída e mercadorias foram perdidas pelo fogo. A família calculou um prejuízo de R$ 200 mil.
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