domingo, 18 de novembro de 2012

JULGAMENTO DO GOLEIRO BRUNO


O goleiro e seu braço-direito, o Macarrão, serão acusados pelos mesmos crimes. Além deles, outras três pessoas serão julgadas Foto: Folhapress

O Tribunal do Júri acontecerá no fórum do município de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Além de Bruno, outros quatro réus serão julgados por envolvimento no crime, até hoje um grande mistério, principalmente pelo fato de o corpo de Eliza nunca ter sido localizado.

Os demais acusados do crime são Luiz Henrique Ferreira, o Macarrão, Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza e Fernanda Gomes de Castro.

Braço-direito de Bruno, Macarrão é acusado pelos mesmos crimes atribuídos ao jogador. Bola é apontado na instrução criminal como o autor do assassinato de Eliza Samudio, que, segundo a acusação, teria acontecido por asfixia na casa dele, no município de Vespasiano, a cerca de 20 quilômetros da capital. É acusado oficialmente de homicídio qualificado (pena de 12 a 30 anos) e ocultação de cadáver (pena de um a três anos). Já Dayanne, mulher de Bruno à época do crime, responderá por sequestro e cárcere privado (pena de um a três anos) do bebê de Eliza, Bruninho, hoje com 2 anos. E Fernanda, ex-amante de Bruno, também é acusada de ter mantido o bebê em cárcere privado.

A acusação tem a sua tese para a motivação do crime, que teria sido engendrado porque Eliza Samudio queria que Bruno reconhecesse a paternidade de seu filho.

Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o júri obedece a um rito. Em primeiro lugar, é feito o sorteio dos jurados. Depois, vem a leitura do processo, ou de parte dele, para que os participantes tenham melhor compreensão do caso. Em seguida, o juiz ouve as testemunhas de acusação e, depois, as de defesa. O próximo passo é interrogar os réus para, em seguida, ter início o debate oral entre acusação e defesa.

O primeiro a falar no julgamento é o promotor de Justiça pelo Ministério Público e, em seguida, os advogados de defesa. Após isso, os jurados se reúnem para tomar a decisão final. A expectativa é que o júri do caso Eliza Samudio seja longo e dure, pelo menos, dez dias.

Estopim da trama

A pressão de Eliza para que Bruno reconhecesse a paternidade do filho teria sido o estopim de toda a trama que culminou com o seu desaparecimento. Por sua vez, o ex-jogador teria tentado forçá-la a abortar.

Ela teria sido atraída de São Paulo a pretexto de fechar um acordo: ganharia um apartamento, pensão de R$ 3,5 mil e o reconhecimento da paternidade. No dia 4 de junho, teria sido sequestrada e levada para Minas. Lá, teria ficado encarcerada no sítio de Bruno, em Esmeraldas, sendo depois levada para a casa de Bola, em Vespasiano.

Segundo o primeiro depoimento do primo do ex-goleiro, Bola teria dito a ela, antes de estrangulá-la: "Você não vai apanhar. Você vai é morrer". (DN)

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