Lembram do Alemão? Plano de fuga é investigado

O retorno de Antônio Jussivan Alves dos Santos, o ´Alemão´, ao Estado do Ceará veio acompanhado da preocupação das autoridades com a possibilidade de uma nova fuga do bandido, a exemplo do que aconteceu em 1999, quando ele foi considerado suspeito do roubo de R$ 9 milhões de uma empresa de segurança privada, nesta Capital.


Com apenas quatro dias da chegada do assaltante a Fortaleza, a Polícia descobriu a presença de explosivos junto à muralha que circunda o Instituto Penal Paulo Sarasate (IPPS), em Aquiraz. Artefatos de dinamite, com alto poder de destruição, foram encontrados nos dias 3 e 8 passados.

Transferência
Segundo apurou a direção do IPPS, a carga explosiva seria suficiente para abrir uma grande fenda na muralha e causar uma fuga em massa. A descoberta da dinamite aconteceu exatamente no momento em que as autoridades planejavam transferir ´Alemão´ da CPPL III, em Itaitinga, para a ala de segurança máxima do ´Paulo Sarasate´, conhecida como ´Selva de Pedra´.
Os dois fatos estão sendo motivos de uma investigação que é realizada em duas frentes. De um lado, a própria direção do IPPS abriu sindicância administrativa para tentar esclarecer como o artefato chegou ali e se alguns dos presos que atualmente estão na ´Selva de Pedra´ iria comandar a fuga.
Já a Polícia Civil instaurou inquérito com o mesmo objetivo, além de tentar descobrir a origem dos explosivos, quem o adquiriu e como o material foi parar no muro do presídio.
Na manhã do dia 3 último, os agentes prisionais e policiais militares que fazem a guarda do IPPS encontraram cinco bananas de dinamite.
Cinco dias depois, o fato se repetiu. Dessa vez, a quantidade de explosivos era ainda maior que a primeira. Segundo os policiais militares do Grupo de Ações Táticas Especiais - unidade de elite da PM integrante do Batalhão de Polícia de Choque/BpChoque - o artefato era formado por quatro cargas de dinamite, uma delas já equipada com detonador e, portanto, pronta para explodir.
Os explosivos estavam localizados entre as guaritas E e F, a cerca de 20 metros onde a primeira carga havia sido achada. (DN)