quinta-feira, 26 de março de 2009

Em Ubaúna portadora de HIV está sem auxílio

Blog do Gleison

Francinete tenta sobreviver miseravelmente em meio a remédios.

A equipe do CETV encontrou Francinete Souza Braga lavando roupa no córrego ao lado de casa. Ela vive com os 4 filhos em Ubaúna, Distrito de Coreaú. O acesso ao local é difícil. Mas complicado mesmo, tem sido a vida desta mulher de 40 anos e que há 9, é portadora do vírus HIV. “De lá para cá minha vida ficou assim, né…como se diz, eu não tinha amor a nada. Depois que peguei essa doença não queria mais saber de nada”, conta Francinete, que tem sido maltratada pelo vírus, e chega a tomar 18 comprimidos por dia.
Para ela, o que tem doído mesmo, é a discriminação. “Sempre eu aguentei tudo, a humilhação, chorava demais. É muita discriminação, da minha família também. A minha irmã tem medo de andar na minha casa, o pessoal tem medo de se sentar”, conta ela.

O marido dela também contraiu a doença e o quadro se agravou porque ele está com Calazar. Há uma semana está internado. Os dois não tem emprego. Se viram de bicos para sustentar a família.

Francinete vive em uma casinha de taipa numa situação de extrema pobreza. Os únicos móveis que ela tem, são 2 cadeiras. A rede e as roupas foram de doações da comunidade. Nesta quinta-feira (05), em que a equipe do CETV veio visitar a casa dela, tem pelo menos feijão para o almoço, que ela conseguiu com a família.

Artigos como geladeira e fogão são considerados um luxo bem distante da realidade de Francinete. Lá também não tem energia e nem água encanada. Quando o casal tem uma crise por conta da baixa imunidade, é a irmã de Francinete que ajuda a família.

Há 3 anos Francinete tentou se aposentar. Disse que foi à agência do INSS de Sobral com toda a documentação, inclusive o atestado da doença. Mas, por duas vezes, o INSS negou o benefício. No documento, fica claro que não cabe mais recurso. “Já fui na perícia, cheguei lá, não passei. Eu não sei o que eles alegam, só vem na carta dizendo ‘renegado’”, diz dona-de-casa.

Enquanto isso, Francinete vai tentando sobreviver: sem dinheiro, em meio a remédios e a uma vida debilitada. Mesmo assim, não perde a esperança de ver realizado um único sonho. “O que eu queria é uma casinha na rua, para eu criar meus filhos com um pouco mais de conforto, para que eu os crie até quando Deus quiser”, diz ela. (Verdes Mares)

Um comentário:

  1. Gleison,li a matéria sobre a Francinete e gostaria de sugerir que fosse aberta uma conta para que pudessemos estar contribuindo.sou Cida esposa do Itamar,se aceitar minha sugestão divulgue no seu blog.um grande abraço.

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