Cidade de Sobral lidera em exportações

Sobral alcançou a liderança entre os municípios exportadores do Ceará pela primeira vez em janeiro deste ano, seguido por Fortaleza, Maracanaú, Cascavel, Icapuí e Itapajé. Com vendas ao mercado externo que totalizaram US$ 16,1 milhões no mês passado, a cidade da região Norte do Estado abandonou a 4ª posição que ocupava em dezembro último. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).As importações sobralenses totalizaram, em janeiro, US$ 1,3 milhão, o que deixou a balança comercial com superávit de US$ 14,8 milhões. Segundo o diretor geral do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), Marcos Costa Holanda, Sobral vem mostrando uma evolução econômica, o que ficou evidente pelo seu avanço nas exportações do Ceará.Apesar do destaque entre os municípios do Estado neste indicador, as exportações de Sobral em janeiro foram 21,08% menores que igual mês do ano passado e 9,35% inferior ao registrado em dezembro.Retrações também foram anotadas em Fortaleza, cujas vendas internacionais caíram 35,68% frente janeiro de 2008 e 51,15% ante dezembro.Para Holanda, essas quedas seguem os “resultados gerais”, observados também no Ceará e no País. “Isso ocorreu por conta da crise, que fez as demandas caírem”. A perspectiva para 2009, de acordo com ele, é que o ano seja difícil para os exportadores. “O mercado consumidor da Europa está em desaceleração”, avalia.Entre os produtos exportados por Sobral, destacam-se os calçados de borracha e plástico e de outros tipos, aparas e outros desperdícios de couros, e outras obras de ferro ou aço.Os maiores mercados compradores são EUA (US$ 6,5 milhões), Espanha (US$ 966,2 mil), Rússia (US$ 921,1 mil), México (US$ 869,1 mil) e Alemanha (US$ 724 mil).Nas compras internacionais, Sobral inverteu a tendência de queda do Estado, na análise anual, e cresceu 252% frente a janeiro de 2008. Mas, na comparação a dezembro, o município registrou queda de 50,3%.Os principais produtos importados por Sobral são elevadores/transportadores de mercadorias, azodicarbonamida, extrusoras p/materiais termoplasticos, vestuário e seus acessórios de plásticos (inclusive luvas). Segundo Holanda, a compra de componentes para a indústria deve ter sido responsável pelo aumento expressivo nas importações.