Até o último dia 25, foram notificados 31 casos de calazar humano, com três mortes, no município de Sobral.
Num universo de 15 mil cães, dos quais 8.522 já foram examinados, segundo dados do Centro de Controle de Zoonoses de Sobral (CCZ), pelo menos 130 tiveram que ser sacrificados por se encontrarem infectados por calazar. Por esse motivo, este município foi considerado pelo Ministério da Saúde (MS) como área endêmica para transmissão do calazar. Para tentar reverter o quadro, a Secretária da Saúde do município deu início à campanha realização do teste de sorologia para identificar os animais infectados pela leishmaniose.
O trabalho é feito por agentes sanitaristas que estão indo de casa em casa para identificar esses cães. “Enquanto isso, os animais dispersos na cidade, recolhidos pela carrocinha, são levados para o canil do CCZ, onde permanecem por um período de 72 horas. Passado este tempo alguns animais são destinados ao programa de adoção e aqueles que apresentarem perigo à sociedade são sacrificados”, destaca o coordenador do CCZ de Sobral, Raimundo Vieira Dias Neto. O método utilizado para a eutanásia, segundo Neto, é aplicação de uma injeção letal, mediante a prévia de uma anestesia geral.A modalidade anestésica é aplicada via intramuscular. Após a anestesia profunda é feita aplicação da injeção letal que contém uma superdosagem de cloreto de potássio. Em menos de um minuto o animal estará morto e, a partir daí, é levado para o aterro sanitário. “O objetivo do CCZ é não fazer a eutanásia. O importante era que cada sobralense tivesse a responsabilidade de manter seu animal domiciliado e quando esse animal adoecesse tivesse o cuidado de tratá-lo”, enfatiza Dias Neto.
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