domingo, 26 de outubro de 2008

PORTAL UBAÚNA - Mãe de Eloá diz que Gate poderia ter atirado

Ana Cristina Pimentel, mãe da adolescente Eloá Cristina Pimentel, 15, morta após ser mantida refém durante 100 horas pelo ex-namorado Lindemberg Fernandes Alves, 22, em Santo André, disse ontem em entrevista na televisão que os atiradores de elite do Gate (Gate Grupo de Ações Táticas Especiais, da PM), poderiam ter atingido Lindemberg. ´Poderia [Gate] ter atirado nele. A minha filha poderia estar viva´, afirmou Pimentel.
Antes da entrevista de ontem, Ana Cristina só havia falado com a imprensa durante o velório da filha. Na noite da última segunda (20), Ana Cristina havia dito que perdoava o seqüestrador, entretanto, queria justiça.Durante a entrevista de ontem, que até por volta das 10h45 continuava, Ana Cristina afirmou que chegou a pensar que a filha desceria por uma ´tereza´ (corda feita de lençóis amarrados) que foi posta na janela para que fosse dado comida. Quando percebeu que ela não desceria, se desesperou. A mãe de Eloá afirmou que a intenção de Lindemberg em entrar no apartamento era a de matar a adolescente. ´Ele entrou para matar minha filha´, disse.
Ana Cristina disse que estava na faculdade que cursa quando foi avisada do que estava ocorrendo. Segundo ela, ao chegar no Jardim Santo André - onde fica o apartamento da família - ela falou com o seqüestrador por telefone e pediu para que ele libertasse a sua filha, o que foi negado.´Ele falou assim, dona Tina [Ana Cristina], eu não falei pra senhora que eu ia fazer uma besteira? E eu fiz e a senhora não acreditou. Agora eu vou matar a Eloá e vou me matar´, afirmou Ana Cristina.Ana Cristina tentou convencê-lo a se entregar, se ofereceu para subir até o apartamento e pediu para falar com Eloá, o que foi negado pelo seqüestrador. Lindemberg indicou que a mãe de Eloá falasse com Nayara Rodrigues, 15,. Ao falar com Nayara Ana Cristina ouviu da adolescente que Lindemberg estava armado e nervoso.Tiro na cabeçaO tiro na cabeça da jovem Eloá, morta após ser mantida refém pelo ex-namorado Lindemberg Alves, não foi à queima-roupa, mas a uma distância entre 1 e 2 metros, segundo exames preliminares do Instituto de Criminalística (IC) de Santo André.Os peritos dizem ainda que o escudo utilizado pela equipe do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) na invasão do imóvel pode até não ter sido alvejado por um tiro de revólver 32 que o acusado manejava. A pequena perfuração pode ter sido causada no repique de uma bala de borracha usada pelos próprios agentes.
Para que o tiro na cabeça de Eloá fosse à queima-roupa, o revólver precisaria estar encostado na garota e teria deixado algumas marcas na pele. Para os peritos, toda a história está ´muita vaga´.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

ESCREVA AQUI SEU COMENTÁRIO