sábado, 10 de janeiro de 2009

Tianguá-CE, Bispo Francisco Javier Hernández Arnedo, esclarece polêmica



Portal Ubaúna - Gleison News

O bispo diocesano de Tianguá dom Francisco Javier Hernández Arnedo rebate as denúncias feitas em matéria publicada no Caderno Regional, edição de 6 de dezembro, com o título “Diocese de Tianguá loteia terras e gera polêmica”. Segundo explica ele, o que existia em 2006 era um projeto de construir em uma clareira existente no bosque, dando frente para Avenida Prefeito J. Nunes, a residência do bispo, como um acordo com a Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente.

Naquela ocasião, foi do conhecimento do Ministério Público, que já havia emitido parecer favorável ao projeto. “Para a construção da residência seriam cortadas duas árvores. O projeto, porém, não se realizou”, diz Javier.

Construção de moradias

Sobre a venda de 11 lotes medindo 27m x 10m ao preço de R$ 50 mil, dom Javier Hernández afirma que a Diocese apenas utilizou uma faixa de terra limpa, ao fundo do bosque, para construir moradias, permitindo proteger o bosque da invasão de marginais.

“Antes era muito comum a Polícia chegar aqui na Diocese e pedir autorização para adentrar no bosque à procura de marginais. Por isso, para atender a necessidades urgentes de sua sustentação, veio a idéia”. Nesta mesma faixa de terra hoje existe uma casa construída, que, segundo a Diocese, foi erguida em 1997, com recursos próprios da instituição religiosa. Hoje a casa é utilizada pelos jovens escoteiros.

“Nós colocamos a casa a serviço dos escoteiros dando ampla liberdade de usar o bosque, também com a permissão da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente”, disse o bispo. Dos 11 lotes colocados à venda, restam apenas quatro unidades.

O bispo também faz questão de esclarecer que jamais existiu briga entre Grupo de Escoteiros Dom Temóteo e a Diocese de Tianguá. “Nunca houve nenhum desentendimento entre escoteiros e Diocese, a idéia de construir a Trilha Ecológica do Convento foi decisão pessoal minha e não da Justiça. Utilizamos recursos da Obra Social Filantrópica da Diocese para implantar um projeto educativo”, diz Javier Hernández.

Para a construção da trilha foram pagos R$ 18 mil e foi realizada pelo técnico ambientalista Sebastião Gomes Soares, funcionário do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A trilha está sem uso, mas existe projeto para ser usado pelo Grupo da Terceira Idade do município.

Com relação à informação dada pelo chefe dos escoteiros Reginaldo Vasconcelos de que “cerca de 20 homens chegaram aqui (na época) com serra elétrica, por volta das 4h da madrugada, para derrubar todas as árvores”, dom Javier volta a afirmar que “o corte era de duas árvores para a construção da residência do bispo”.

Sobre a afirmação de que os escoteiros, no ano de 2006, foram impedidos de assistir a missa, o representante da Diocese de Tianguá esclarece que “como as missas eram campais, nelas os escoteiros costumavam marcar ‘plantão’ como forma de proteger o altar. Na ocasião, estavam na praça e com eles seus chefes”.

BOSQUE"

"Vamos corrigir o erro de abrir caminho por dentro do bosque para o transportes de materiais". Dom Francisco Javier Hernándes. Bispo diocesano de Tianguá.

Fonte: DN

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