sexta-feira, 7 de novembro de 2008

PORTAL UBAUNA - 24 PRESOS POR CORRUPÇÃO NO DETRAN

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizou ontem no Ceará a segunda maior operação no País este ano no combate a fraudes em carteiras de habilitação e licenciamento de veículos. Foram cumpridos 24 mandados de prisão e 31 de busca e apreensão nas cidades de Fortaleza, Tabuleiro do Norte e Guaiúba, em residências, estabelecimentos comerciais e na sede do Departamento Estadual de Trânsito (Detran/CE), resultando na prisão de 24 pessoas. Dos presos, 11 são funcionários do Detran (trabalham nos setores de registro, habilitação e vistoria), nove atuavam como despachantes no órgão, um é proprietário de auto-escola e três outros funcionavam como apoio à quadrilha. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, um dos despachantes, identificado como Agamenon Cavalcante de Melo, é aposentando da própria PRF. A Operação Lótus, que contou com a participação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gecoc), do Ministério Público Estadual, apreendeu também documentos oficiais em branco (como carteiras de motorista, licenciamento anual e autos de vistoria), computadores, armas, agendas, placas de veículos, lacres e dinheiro - dólar, euro e real. Os presos foram levados ao prédio da Superintendência da PRF e, após ouvidos, encaminhados à Superintendência da Polícia Civil, no Centro. Atuaram na operação 150 agentes da PRF de oito estados, além do Distrito Federal. Os policiais do Ceará só souberam da operação meia hora antes de os mandados começarem a ser cumpridos, no começo da manhã. Os agentes usaram 40 carros e um helicóptero durante a operação. Também participaram representantes do Ministério Público Estadual (MPE). As fraudes detectadas consistiam na falsificação de Carteiras Nacionais de Habilitação (CNH) e na clonagem de documentos e placas de veículos. Desde junho do ano passado, quando as investigações tiveram início, os responsáveis pela operação estimaram que aproximadamente cinco mil pessoas tenham contratado os serviços da quadrilha, que cobrava entre R$ 600,00 e R$ 1.200,00 por habilitação clonada, segundo a Polícia Rodoviária Federal. O desvio pode chegar a R$ 6 milhões de reais.

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