sexta-feira, 24 de outubro de 2008

PF e Receita investigam fraude de R$ 50 milhões nas cidades de TIANGUÁ, ITAPIPOCA E SOBRAL


Operação Gelada´ mobilizou fiscais da Receita Federal e agentes da PF em três cidades da Região Norte do Estado.
Sobral. Policiais federais e fiscais da Receita Federal, com o apoio do Ministério Público Estadual, deflagraram, na manhã de ontem, nas cidades de Tianguá, Itapipoca e Sobral, a ´Operação Gelada´. O objetivo foi o combate ao crime de sonegação fiscal, cujo valor alcança cerca de R$ 50 milhões, em cinco anos, praticada por uma rede de empresas distribuidoras de bebidas, sediadas na Região Norte. O golpe, segundo as autoridades, teria sido praticado pelas empresas ‘Concórdia Distribuidora de Bebidas’, ‘Mega Max Distribuidora de Bebidas e Alimentos’ e ‘Zivatile Distribuidora de Bebidas e Alimentos Limitada’, todas de propriedade do empresário José Valderi Angelim Arcanjo, principal investigado pela PF.
Documentos:
Ao mesmo grupo empresarial são imputados também os crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso, estelionato e formação de quadrilha. Os policiais federais cumpriram sete mandados de busca e apreensão, expedidos pela 18ª Vara da Justiça Federal, em Sobral, objetivando arrecadar documentos e outros elementos de prova da prática dos delitos.
Os fiscais e agentes federais também cumpriram mandados de busca e apreensão em três imóveis de propriedade de Valderi Arcanjo, localizados na Serra da Meruoca, no Município de Forquilha e na cidade de Sobral. Segundo o delegado da Receita Federal em Sobral, José Maria de Sousa Rosa, que acompanhou a ação da PF, a fraude atingiu o setor de bebidas alcoólicas e refrigerantes.
Participaram da ação 28 homens da Polícia Federal de Fortaleza e 12 servidores da Receita Federal. De posse de vários mandados de busca e apreensão as equipes chegaram aos locais cedo da manhã.Em uma das empresas, que funciona na Avenida Hermínio de Moraes, em Sobral, a PF apreendeu vários documentos e computadores. De acordo com Sousa, toda a documentação apreendida nas três empresas foram encaminhadas ao Posto Avançado da PF de Sobral para ser periciado.Ação CivilA Receita suspeita que uma das empresas pertencente ao acusado, após ter sido autuada em R$ 12,7 milhões, simulou a extinção das suas atividades. “Na verdade, o que aconteceu foi a transferência para outra empresa em nome de laranjas.”Em fevereiro passado o Ministério Público Estadual (MPE), através do promotor de Justiça Carlos Augusto, já havia ingressado com uma ação civil pública contra Valderi Arcanjo e seu filho e sócio, José Valderi Angelim Arcanjo Júnior, por crimes de estelionato, fraude processual e apropriação indébita. Na ocasião, representante do MP suspeitava de que estaria havendo lavagem de dinheiro. Foi pedida, então, a prisão do empresário, mas ele continua solto. Toda a documentação apreendida será encaminhada à Justiça Federal depois da perícia contábil. O material poderá servir de prova para que o MP ofereça a denúncia contra os envolvidos no caso.

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